Livre Arbítrio

Autor: Rav Michael Laitman


Existe livre-arbítrio?


Uma antiga oração diz: “Senhor! Dê-me forças para mudar as coisas que posso mudar, dê-me coragem para aceitar as coisas que não posso mudar, e conceda-me sabedoria para saber a diferença”. O que exatamente podemos influenciar em nossas vidas? Nós possuímos liberdade o bastante para mudar nosso destino?

Por que não podemos obter naturalmente essa sabedoria? Por que, apesar do fato de que nossa natureza é baseada em preguiça e egoísmo saudável (desejo de receber o máximo através do mínimo esforço), diferente dos animais, realizamos ações impensadas e ineficazes?

Talvez nós agimos onde tudo é pré-programado, e nosso papel deve ser muito mais passivo? Talvez na maioria dos casos nossa vida é pré-ordenada, enquanto nós escolhemos acreditar que o rumo dos eventos depende de nós? Talvez nós deveríamos transformar nossa vida e parar de pensar que somos decisores, deixar fluir e permanecer passivo, agindo somente quando nós podemos realmente mudar algo?

Crianças pequenas agem desajuizadamente, porque o desenvolvimento delas ocorre inconscientemente, instintivamente. Um adulto define uma meta, e a vontade de alcançar tal meta fornece-lhe energia.

Evidentemente, nós erramos na determinação dos limites de nossas habilidades para alcançar a meta. Em outras palavras, nós desejamos alcançar o impossível ou tentar mudar o que não podemos.

A Natureza não nos informa em quais das nossas ações nós somos realmente livres. Ela nos permite cometer erros, tanto enquanto indivíduos como enquanto humanidade. O intuito dela é nos levar à desilusão quanto às nossas próprias forças para mudar qualquer coisa nessa vida e em nós mesmos. A Natureza quer nos confundir e desorientar quanto a como nós deveríamos viver? Então nós pararíamos e determinaríamos o que nós realmente podemos influenciar.


A Essência da Liberdade

De maneira geral, a liberdade pode ser referida como a lei da natureza, que transpassa todos os aspectos da vida. Nós vemos como animais sofrem em cativeiro. Isto testifica o protesto da natureza contra qualquer forma de escravidão. A humanidade lutou em guerras por centenas de anos até atingir algum grau de liberdade pessoal.


De qualquer forma, nossa idéia de liberdade é extremamente vaga, e se nós a sondarmos mais profundamente, não sobrará quase nada dela. Antes de demandarmos por liberdade pessoal, nós deveríamos presumir que cada pessoa aspira por isso. Primeiro nós precisamos ter certeza que essa ou aquela pessoa pode exercer seu livre-arbítrio.


Nossa Vida está Entre Prazer e Sofrimento

Se nós analisarmos as ações do homem, descobriremos que nenhuma delas é livre. Tanto sua natureza interior quanto circunstâncias exteriores o impelem a um algoritmo de comportamento arraigado nele.

A Natureza nos colocou entre prazer e sofrimento, e nós não somos livres para escolher o sofrimento e abandonar o prazer. Em relação aos animais, o homem tem a vantagem de ser capaz de ver o objetivo distante, dessa forma ele pode concordar com uma certa quantidade de sofrimento antecipando a compensação futura.

Na verdade, isto não é nada mais que um cálculo, quando, ao ver o benefício futuro, nós consentimos sofrer em prol do possível prazer. Nós concordamos com uma operação cirúrgica, até pagamos muito dinheiro por isso; nós estamos dispostos a trabalhar duro para adquirir uma profissão bem-remunerada. Tudo se resume ao nosso cálculo, quando nós subtraímos o sofrimento do prazer esperado e obtemos um certo resultado positivo.

Este é o modo que somos projetados. Aqueles que parecem descuidados, imprudentes, sentimentalistas que se auto-sacrificam são nada mais que pessoas que calculam, para quem o passado se manifesta no presente tão obviamente que eles estão dispostos a aceitar angústias incomuns para outros, o que nós consideramos um feito heróico.

Mas na verdade, até neste caso nosso corpo faz um cálculo consciente ou subconsciente. Psicólogos sabem que as prioridades de cada homem podem ser mudadas de forma que um covarde pode virar um herói. O futuro pode ser tão elevado aos olhos do homem que, em nome disso, ele concorda com qualquer tipo de destituição.

A partir disso, segue-se que não há diferença entre o homem e os animais; e então, não existe uma escolha livre e inteligente.


Quem determina nossos prazeres?

Não só temos nós dificilmente qualquer escolha livre, como o caráter do prazer também não é nossa prerrogativa. Ele não acontece de acordo com nosso livre-arbítrio, ele é ditado pelos desejos de outras pessoas. Nós não escolhemos a moda, o modo de viver, hobbies, lazer, comida e assim em diante – tudo isso é imposto a nós pelos gostos e desejos dos nossos arredores.


Nós preferimos trabalhar com desejos mais simples sem nos sobrecarregarmos demais, mas nossa vida inteira é compelida pelas maneiras aceitas como norma na sociedade, que se tornam leis do comportamento e da existência humana. Se é assim, onde está o nosso livre-arbítrio então? Acaba que nenhuma de nossas ações são recompensadas ou punidas.

Por que todos se percebem como um indivíduo? O que há de tão especial em cada um de nós? Qual das nossas propriedades podemos mudar independentemente? Se tal propriedade existe, nós devemos de todo jeito identificá-la, distingui-la das outras propriedades e desenvolvê-la.


Quatro Fatores

Cada ser criado é determinado por quatro fatores:

1. A base é um material primário de um ser em particular, da qual ele emergiu. As propriedades imutáveis da base são a ordem do seu desenvolvimento, ou seja, um decadente grão de trigo cria um novo broto do mesmo tipo. Um grão apodrece – sua forma exterior desaparece completamente, semelhante ao nosso corpo, que se desintegra no chão. No entanto, a base permanece e dá a luz a uma nova muda, como a nossa alma que compele um novo corpo a nascer para se vestir dele.

2. As propriedades imutáveis da base. A base (no nosso caso o grão de trigo) nunca ganhará a forma de outros cereais, como a cevada, mas somente a forma prévia do trigo que se perdeu. Dependendo do ambiente (solo, água, fertilização e o sol), certas mudanças quantitativas e qualitativas do broto são possíveis, mas a forma de trigo (ou seja, a essência original) não passa por nenhuma mudança.

3. As propriedades que mudam sob a influência de forças exteriores. Afetada por fatores externos, a forma exterior da essência sofre mudanças qualitativas – um grão continua a ser um grão, mas sua forma exterior é transformada de acordo com as condições ambientais. Fatores externos adicionais se juntam à essência e juntos eles geram uma nova qualidade sob a influência do ambiente. Isto pode ser o sol, o solo, fertilizantes ou água em relação a um grão, ou a sociedade, um grupo, livros e um professor em relação ao homem.

4. Mudanças nas forças exteriores. O home precisa dos arredores que desenvolvem e constantemente afetam seu desenvolvimento. Enquanto evolui, o homem por sua vez influencia seus arredores, compelindo a desenvolver-se. Desse modo eles se desenvolvem juntos simultaneamente.

Estes quatro fatores determinam o estado de cada ser criado. Mesmo se o homem passar o tempo todo procurando, ele não será capaz de mudar ou adicionar nada àquilo que os quatro fatores incluem. Tudo o que pensamos ou fazemos existe dentro desses quatro fatores. Qualquer adição será puramente quantitativa, enquanto qualitativamente permanecerá o mesmo. Esses fatores determinam energeticamente o nosso caráter e modo de pensar.

1. O homem não pode mudar sua essência.

2. Ele não pode mudar as leis de acordo com as quais a sua essência se transforma.

3. Ele não pode mudar as leis da transformação das suas propriedades interiores como resultado da influência exterior.

4. Os arredores, dos quais o homem depende totalmente, podem ser mudados!

Sendo capaz de influenciar seus arredores agora, o homem determina seu estado futuro. Os únicos fatores que seus arredores podem afetar são a velocidade e a qualidade do progresso do homem. Ele pode viver com a dor, medo, angústia e infinitos conflitos sangrentos pelo caminho, ou avançar de maneira calma e confortável, por ele mesmo aspirar à meta. É por isso que os Cabalistas nos incitam a abrir centros educacionais para formar grupos – os arredores ideais para todos aqueles que desejam alcançar o propósito da criação.


Escolha Livre

Apesar do fato de que nós não podemos determinar nossa base, quem e como nascer, nós podemos influenciar estes três primeiros fatores através da escolha dos nossos arredores, ou seja, amigos, livros e professores. No entanto, havendo escolhido o ambiente, nós o deixamos moldar nossas condições futuras.

Inicialmente há uma oportunidade de escolher livremente tais professores, livros e amigos que irão nos inspirar bons pensamentos. Se o homem não escolher, ele se encontrará naturalmente em arredores ruins lendo livros inúteis (que são diversos e são muito mais agradáveis), e, como resultado, ele definitivamente recebe uma educação pobre e fracassa em agir de forma correta na vida.

Disso se segue que recompensa ou punição é enviada ao homem não por seus maus pensamentos, onde ele não tem escolha livre, mas por não escolher um bom ambiente, uma vez que nisso o homem tem indubitavelmente uma oportunidade para escolher livremente. O homem deveria ser julgado e punido de forma que ele enxergaria: ele não é julgado pelos seus delitos, mas por escolher o ambiente errado.

Por isso, a pessoa que faz um esforço a cada momento para escolher um ambiente melhor, tem sucesso – não pelos seus pensamentos bons, mas por sua persistência em aprimorar os seus arredores que levam a esses pensamentos bons. Tal pessoa é recompensada com um melhor e mais avançado estado.

O Livro do Zohar dá um exemplo sobre um pobre homem, que foi convidado para se mudar para a casa de uma pessoa rica. Ele recusou dizendo: “De maneira nenhuma eu vou me acomodar num lugar onde não há nenhum sábio!” – “Mas você é o maior sábio da sua geração!” – exclamou o homem rico. – “De quem mais você vai aprender?” O homem sábio respondeu: "Até o mais sábio de todos se tornará um ignorante se ele se cercar de pessoas estúpidas."

Dessa forma, nós deveríamos seguir este bem-conhecido conselho: “Proveja para ti um mestre, adquira para ti um amigo”. Em outras palavras, nós devemos criar nosso ambiente, porque somente este fator pode nos levar ao sucesso. Havendo escolhido nossos arredores, nós nos tornamos totalmente dependentes, como argila nas mãos de um escultor.

Nós somos todos prisioneiros da nossa natureza egoísta. Nos libertarmos significa ir além dos limites do nosso mundo e adentrar a realidade superior. Uma vez que estamos totalmente sob o controle desse mundo, nós podemos nos libertar somente se, apesar do nosso ambiente naturalmente egoísta, nós artificialmente nos cercarmos com pessoas que compartilham dos nossos pontos de vista e aspirações, e enquadram-se no poder do ambiente governado pelas leis do mundo superior. Nos libertarmos das amarras egoístas e revelar a propriedade da outorga (de “dar”) é a nossa realização do livre-arbítrio.



Proteção contra os Três Fatores Restantes

O homem age automaticamente de acordo com a influência dos fatores internos e externos, apenas seguindo seus mandamentos.

Se ele desejar sair do controle da natureza, o homem tem que se expor à influência do ambiente que ele escolhe. Ele deveria escolher um Professor, um grupo e livros, de forma que eles ditariam a ele o que fazer, uma vez que ele é sempre uma derivação dos quatro parâmetros.


O poder da mente sobre o corpo

Ao descobrir que a mente do homem é um resultado de experiências da vida, nós podemos concluir que a mente não tem nenhum poder sobre o corpo, porque ela é um reflexo das circunstâncias e eventos da vida do homem; o poder para fazer o corpo se mover, dirigi-lo para coisas boas e mantê-lo longe de danos.

No entanto, a imaginação humana usa a mente como os olhos usam um microscópio. Havendo descoberto pequenos organismos nocivos com a ajuda de um microscópio, o homem começou a se distanciar deles. Dessa forma, um microscópio (e não as sensações humanas) permite a ele evitar a influência danosa (micróbios, bactérias, vírus), onde isto não é sentido.


Vemos que em alguns casos, quando o corpo não consegue detectar dano ou benefício, a mente se torna relevante e tem o controle completo sobre o corpo permitindo-o manter-se longe de coisas ruins e apegar-se a coisas boas.

Ao entender que a mente é o resultado de experiências da vida, o homem é capaz de aceitar a mente e a sabedoria de outra pessoa como lei, se ele confiar naquela pessoa.

Isto se assemelha à situação quando o homem pede conselho ao médico e, confiando na mente e na experiência do doutor, ele o segue, apesar do fato de que ele mesmo não sabe nada sobre medicina. Assim, ele usa a mente de outras pessoas, o que ajuda nada menos que a sua própria mente.


Dois modos de governo

Há dois meios de o governo divino que garantem o sucesso do homem em alcançar o propósito da criação:

1) O caminho do sofrimento.

2) O caminho da Cabala.

O caminho da Cabala consiste em contar com as mentes daqueles que já alcançaram o objetivo final, como se fosse nossa própria experiência de vida. Mas como posso ter certeza de que a mente na qual coloco minha fé é verdadeira? Por outro lado, se eu não uso a mente sábia do modo que eu sigo o conselho do médico, eu me condeno a um longo caminho de sofrimento, como um homem doente que se recusa a seguir as instruções do seu médico e começa a estudar medicina, sem saber que ele pode morrer muito antes de ter alguma idéia sobre o assunto.

Assim é o caminho do sofrimento em comparação ao caminho da Cabala. Aquele que não tem fé na sabedoria da Cabala pode tentar alcançar independentemente essa sabedoria passando por problemas na vida, enquanto existe a experiência que acelera tremendamente o processo, permite desenvolver a sensação da percepção do mal não por sua própria escolha, mas através dos esforços feitos para adquirir um bom ambiente.


Seguindo a maioria

Onde quer que haja um conflito entre a maioria e um indivíduo, nós devemos tomar uma decisão de acordo com a vontade da maioria. No entanto, esta lei causa o regresso da humanidade, uma vez que as massas estão em retrocesso, enquanto os mais desenvolvidos são sempre uma minoria.

Todavia, uma vez que a natureza nos colocou numa sociedade, nós somos obrigados a obedecer todas as leis sociais, de outra maneira a natureza nos punirá, independente de entendermos ou não as suas leis. Dessa forma, a lei da convivência é considerada uma das leis da natureza e nós devemos obedecê-la com muito cuidado.

Esta lei deve desenvolver a compreensão de: amor-próprio como mal e amor pelos outros como bem, pois esta é a única forma de amar o Criador.

No entanto, a maioria não tem o direito de reprimir a opinião de um indivíduo em sua relação com o Criador, e todos são livres para fazer o que acreditam ser o certo. É disso que se trata a sua liberdade pessoal, ou seja, as relações do homem com o Criador são reguladas por ele mesmo, enquanto as outras leis de comportamento são ditadas pela regra “siga a maioria”.

A lei da sociedade afirma: a minoria deve submeter-se à maioria.

Baseado nisso, no entanto, a maioria tomou o direito de reprimir a liberdade pessoal de um indivíduo? Frente a esta situação, isso não é nada mais do que coação.

Uma vez que a natureza nos compele a viver em sociedade, não precisa ser dito que cada um de seus membros é obrigado a servir a sociedade, tomar conta dela e contribuir para a sua prosperidade.

Isto é impossível a não ser que a lei de “submissão” seja obedecida, ou seja, todos devem obedecer a lei aceita na sua sociedade.

Mas é um tanto claro que em todos os casos, quando os interesses materiais da sociedade não são usurpados, a maioria não tem o direito de limitar a liberdade de um indivíduo de forma alguma. Aqueles que o fazem são criminosos que preferem a força à justiça, pois nesse caso a natureza não compele o homem a se submeter à vontade da maioria.

Em qualquer geração há indivíduos mais desenvolvidos que as massas. Se a sociedade começar a se desenvolver de acordo com as leis da natureza e compreender a necessidade de ser salva de sofrimentos, ela deverá se submeter a um indivíduo e seguir as suas instruções.

Dessa forma, o que quer que se refira ao desenvolvimento espiritual, o direito da maioria se transforma no seu dever de seguir um indivíduo, ou seja, uma personalidade altamente evoluída. Tais pessoas avançadas e educadas formam uma parte significante da sociedade; assim, todas as conquistas e importantes descobertas na espera da espiritualidade são determinadas pela minoria.

Disso se segue que a sociedade deve preservar cuidadosamente as idéias de tais pessoas. A sociedade deveria estar alerta para o fato de que esta salvação não está nas mãos da maioria dominante, mas repousa nos indivíduos iluminados.


Epílogo

Acumulando experiências, a humanidade gradualmente chega à conclusão de que, apesar de todos os seus esforços para mudar o curso da história e o desenvolvimento da sociedade, a vida toma o seu próprio rumo, e tudo acontece de acordo com um cenário que não depende de nós. Então estamos condenados pelo destino?

O estudo do universo usando o método Cabalista revela que a essência do homem consiste em três partes:

- a primeira – animal – parte que é expressa em desejos corporais por comida, sexo, família, lar; presente em todas as pessoas independentemente do seu ambiente.

- a segunda – humana – parte expressa em desejos por riqueza, honra (fama, poder), conhecimento, que dependem da sociedade;

- a terceira – espiritual – parte que cria em nós uma aspiração pelo mundo superior (ela surge de uma sensação de morte, vazio na vida, ignorância da fonte da existência).


O homem nasce neste mundo para descobrir a realidade superior no curso de sua vida. Então ele existe em ambos os mundos e, depois que seu corpo morre, sente o mundo espiritual o tanto quanto ele pôde senti-lo enquanto vivendo no seu corpo físico. Se o homem fracassar em entrar no mundo espiritual ao longo de sua vida, sua alma descende a este mundo novamente, encarna num novo corpo biológico com o mesmo objetivo. A alma pode revelar o mundo superior somente enquanto estiver num corpo físico.

A partir disso, fica claro que

- este mundo inteiro e nossa existência nele são designados apenas para nos ajudar a descobrir o mundo superior;

- a primeira (animal) e a segunda (humana) parte do homem não existem em nós por conta própria, o papel delas é determinado pelo quanto elas contribuem para a realização da terceira parte (espiritual), ou seja, como elas nos auxiliam a cumprir nossa missão, que consiste na revelação do domínio espiritual enquanto vivemos neste mundo. As ações do homem são avaliadas somente à medida da sua conexão com o avanço espiritual, pois é a parte espiritual que precisa ser transformada.

- a primeira e a segunda parte em nós não mudam por conta própria. Tampouco dependem dos nossos desejos. A realização da terceira parte (espiritual) determina as transformações delas.

- nossas ações relacionadas à primeira e à segunda parte não são livres, elas são programadas pela natureza e compõem um quadro rígido da nossa estrutura. Ao escolher como nos desenvolver espiritualmente, nós determinamos nossos estados em ambas primeira e segunda parte (animal e humana), e definitivamente na terceira.

- ao recusar realizar atos fúteis e sem sentido relacionados aos nossos desejos animais e humanos, e ao concentrar todos os esforços na revelação da realidade superior, o homem adquire a habilidade de controlar tudo neste mundo (em ambas primeira e segunda partes). Em outras palavras, a estrada para governar este mundo é alcançável através do mundo superior, visto que todos os sinais, todos os eventos descendem do alto até tomarem sua forma final neste mundo.

Este artigo demonstra quão pré-determinadas são as ações do homem e os estados neste mundo; todos menos um, que determina tudo mais – a aspiração ao mundo superior, à sua revelação, a dominar as leis da Divina Providência.


Tradução de: Freedom of Will

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