A Influência do Criador

Autor: Rav Michael Laitman
Traduzido de: Influence of the Creator

Uma Metáfora Cabalística

“Por trás e na frente, você me abraça”, diz uma metáfora. Quer dizer, seja por meio de uma ocultação (por trás), ou de uma revelação (na frente) da Força Suprema ao homem, Ele governa tudo - com o propósito de conduzi-lo à meta previamente traçada. “Ele domina tudo", e tudo retornará à sua fonte. Isto porque “não há nada que esteja livre de Deus" - nada existe fora do Seu poder. A diferença está na percepção do homem, se “por trás” ou “na frente”; em outras palavras, de que modo o poder do Criador se manifesta - no “presente” ou no “futuro”.

É isso que tem permitido a combinação deste mundo com o mundo espiritual, para revelar o supremo governo sobre todo o poder no "presente" - em tudo que acontece.

O Homem percebe que tudo que acontece é a "roupagem" externa da Força Mais Elevada, que esconde o controle esmagador e eterno, que rege, também no "presente", toda a criação, e todas as decisões, pensamentos e ações.

Mas ela não é revelada diante de todos, no "presente", sob a forma de um cavaleiro (o Criador) sentado no cavalo (criatura), mesmo que pareça o contrário, ou seja, que o cavalo esteja conduzindo o cavaleiro. Na realidade, o cavalo só despertaria e completaria qualquer movimento, se fosse dirigido pelo chicote e o freio do cavaleiro. Aquele que recebe a revelação do governo da Força Suprema dessa forma, denomina esta revelação “a ocultação da face do Criador”.

Até que o homem entregue todos os seus pensamentos, decisões e ações ao único Criador, os movimentos do cavalo não parecem seguir o chicote e o freio do cavaleiro. Parece o contrário. Essa conexão entre o homem e o Criador é chamada o “lado oposto".

Mas não pensem que nesta condição estamos longe do Controle Supremo.

Vejam só: “Com um braço forte e musculoso, e uma fúria torrencial, Eu domino acima de todos vós"; deixem que o miserável não seja rejeitado, e que toda a criação retorne à sua raiz.

Apesar da ilusão de que o cavalo está conduzindo o cavaleiro em sua vontade miserável, na verdade, é o cavaleiro que está conduzindo o cavalo com sua força de vontade - mas isso não é revelado agora, no "presente"; só será revelado no “futuro".

Portanto, nessa fase, há uma relação, mas também o oposto “de costas um para o outro", que significa: nem pela vontade da criatura, nem pela vontade do governante.

E aqueles que obedecem a vontade da Força Suprema, e revelam seu poder no "presente", estão unidos a ela "face a face", ou seja, pela livre vontade do governante e do governado – e essa união é a vontade da Força Suprema.

A diferença está naquele que revela a verdadeira regra no presente, por ele ser feliz e não triste, por estar na prosperidade e não na necessidade, agindo por sua própria vontade, e não pela força.

Afinal de contas, todo esforço do homem é percebido pelo Governo Supremo, e tudo flui e retorna à sua raiz. Neste caso, a questão está levantada: “Qual é o caminho mais desejável?”. É o que está na vontade de ambos, como foi dito: "E ele viu que a luz era boa!".

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