O Plano Mestre

Trecho do primeiro capítulo do livro Revelação da Cabala, de Michael Laitman. Para baixar o livro gratuitamente em formato PDF clique aqui.


Não é segredo nenhum que a Cabalá não começou com essa atual propaganda modista de Holywood. Ela na verdade esteve por aí há milhares de anos. Quando ela apareceu pela primeira vez, as pessoas eram muito mais próximas à Natureza do que são hoje. Elas sentiam uma intimidade com a Natureza e nutriam um relacionamento com ela.

Naqueles dias, elas tinham poucas razões para separarem-se da Natureza. Elas não eram tão auto-centradas e alienadas do seu ambiente natural como somos hoje. De fato, naquele tempo, a humanidade era uma parte inseparável da Natureza e nutria sua intimidade com ela.

Além do mais, a humanidade não conhecia o suficiente sobre a Natureza para sentir-se segura; ao invés disso, nós tínhamos medo de forças naturais, o que nos impelia a relacionarmo-nos com a Natureza como uma força superior a nós.

Sendo íntimas com a Natureza, por um lado, e temendo-a, por outro lado, as pessoas aspiraram não a apenas aprender sobre seu mundo circundante, mas o mais importante, a determinar o que ou quem o governava.

Naqueles dias antigos, as pessoas não podiam esconder-se dos elementos da Natureza como fazem hoje; elas não podiam evitar suas dificuldades como fazemos em nosso mundo “feito pelo homem.” E o mais importante, o temor da Natureza, e ao mesmo tempo, a proximidade a ela, impulsionou muitos a procurarem e a descobrirem o plano da Natureza para eles, e simultaneamente, para todos nós.

Aqueles pioneiros na investigação da Natureza queriam saber se a Natureza realmente tinha um objetivo, e se tinha, qual deveria ser o papel da humanidade neste Plano Mestre. Aqueles indivíduos que receberam o mais elevado nível de conhecimento, o do Plano Mestre, são conhecidos como “Cabalistas.”

Um indivíduo singular entre esses pioneiros foi Abraão. Quando ele descobriu o Plano Mestre, ele não apenas o investigou em profundidade, mas antes de tudo falou dele para os outros. Ele compreendeu que a única garantia contra o mistério e o medo era o fato de que as pessoas entendessem completamente o plano da Natureza para elas. E assim que compreendeu isso, ele não economizou esforços ensinando quem quer que quisesse aprender. Por esta razão, Abraão tornou-se o primeiro Cabalista a iniciar uma dinastia de professores de Cabalá: Os estudantes mais dignos se tornavam a próxima geração de professores, que então passava o conhecimento para a próxima geração de estudantes.

Os Cabalistas se referem ao autor do Plano Mestre como “o Criador,” e ao Plano em si como “O Pensamento da Criação.” Em outras palavras, e isto é importante, quando os Cabalistas falam sobre a Natureza ou sobre as leis da Natureza, eles estão falando sobre o Criador. E vice-versa, quando eles estão falando sobre o Criador, eles estão falando sobre a Natureza e as leis da Natureza. Estes termos são sinônimos.

O termo, “Cabalista,” vem da palavra Hebraica, Kabbalah (“recepção”). A língua original da Cabalá é o Hebraico, uma linguagem desenvolvida especialmente por e para Cabalistas, para ajuda-los a se comunicarem uns com os outros sobre assuntos espirituais. Muitos livros de Cabalá foram escritos em outras línguas, também, mas os termos básicos são sempre em Hebraico.

Para um Cabalista, o termo “Criador” não significa uma entidade distinta, sobrenatural, mas, o próximo nível que um ser humano deve alcançar quando busca conhecimento superior. A palavra Hebraica para Criador é Boreh, e contém duas palavras: Bo (venha) e Re’eh (veja). Assim, a palavra “Criador” é um convite pessoal para se experimentar o mundo espiritual.


Veja também a seção de livros de Cabala em português.

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